quarta-feira, novembro 01, 2006

Uma lição à forma de encarar um jogo de futebol

Escrevo estas linhas, pouco tempo depois de uma grande noite europeia do Benfica.
Demos um volte face no grupo onde quase nos estávamos a despedir, honramos a camisola e os pregaminhos do clube e mostramos à Europa que o resultado de Glasgow foi um enorme engano.
Continuam a ser necessárias duas vitórias para chegar aos oitavos de final, continua a ser extremamente díficil chegar a este objectivo, mas quem veste aquela camisola não pode nem deve alguma vez seguir o verbo desistir.
Mas venho falar de outras coisas, venho registar que, numa semana, jogamos com duas equipas, enfrentamos dois clubes que representam valores completamente antagónicos no que se refere à foma como o desporto, e neste caso em particular, o futebol é encarado.

No passado fim de semana estivemos perante tudo aquilo que não faz falta ao futebol:
- Raiva, ódio, vingança, ira, deslealdade, marginalidade, manipulação, falsidade e tentativa de manipulação da opinião pública.

Hoje, meus amigos, jogamos contra uma equipa que perdeu, justamente e sem quaisquer dúvidas, por 3-0 no nosso estádio, mas que a poucos momentos do final, ouvia dos seus adeptos gritos de incentivo, gritos de apoios, gritos de união, nunca de provocação, nunca de insulto aos adversários. Os nossos adeptos, civilizadamente, respondiam com palmas e gritos de incentivo à nossa equipa. Este clube, que é de bem longe, honrou o nosso malogrado Féher, por iniciativa louvavel e emocionante dos seus adeptos, podemos dizer que ficam para sempre no nosso coração, seja qual for o destino que cada uma da equipas venham a ter nes Champions League.

Hoje viu-se um estádio cheio, de gente animada, de gente civilizada, de gente que sabe e gosta de desporto.
Que diferença para o jogo do último sábado ...

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